domingo, 25 de maio de 2008

EsperanZa

Uma vez mais dou por mim sentado numa esplanada, perdido nesta confusão que são as grandes metrópoles europeias. E de repente, passa por mim uma jovem rapariga afogada em lágrimas. Não me perguntem porquê pois não vos saberei responder, mas esta cena desponta em mim um estranho pensamento: “ Porque razão não verto à anos uma única lágrima?”. Este pensamento assusta-me, pois lá no fundo, temo saber a resposta. Terei eu atingido um estado de completa indiferença por tudo e todos os que me rodeiam? Serei eu mais um daqueles seres frios que insistem em proliferar nas sociedades actuais? Ou será a minha vida desprovida da presença de quem me faça sofrer? Apesar de tudo, insisto em manter uma das minhas principais máximas: Prefiro a dor sentimental que a muitos consome e enlouquece à dor física que nos impede de viver . . . E para aqueles que ripostam dizendo que quem afirma tal coisa é porque nunca amou, apenas lhes digo: “ Pior que nunca ter amado é nunca poder vir a amar”.

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