sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Vícios . . . ou Virtudes ! ! !

Apesar de jovem, quando parti levava já em mim, ou assim pensava à data, a ideia de Preto e de Branco, a de Bem e de Mal, bem como a de Vício e de Virtude. Mal eu sabia, que anos mais tarde eu próprio proferiria bem alto para que todos ouvissem que o Bem e o Mal não existem, o mundo não é se não Cinzento, e toda e qualquer ideia preconcebida de Vicio ou Virtude não passam de isso mesmo, um disparate que um qualquer “ser” nos impingiu aquando da nossa frágil e influenciável infância. Foram exactamente estas preconcepções ideológicas que primeiro me foram abaladas. Vim a descobrir que, numa residência ou em qualquer outro ambiente onde quem mande seja o impulso do espírito livre e não condicionado da juventude, o Vicio deixa de o ser para se tornar em Virtude. Quem julga que a era do “Sexo, drogas e rock’n’roll” passou e não volta mais que se desengane, pois ele veio e instalou-se até aos nossos dias entre os grupos de jovens de todo o mundo, eu estive lá e não só vi como o vivi. E se me perguntarem se me arrependo, a resposta possível é uma e uma só: “Só me arrependo do que não fiz ou não cheguei a experimentar”. Quer se goste quer não, o mundo que descobri é sem sombra de dúvidas aliciante, um mundo cheio de jovens bonitos que não se vêm obrigados, pela sociedade familiar, a reprimir o que sentem gerando assim uma onda imparável de sexo, sexo e mais sexo; drogas leves ao alcance de todos os que as quiserem livremente experimentar ou consumir (refiro-me ao álcool e “fumáveis” como alguns lhes chamam); acima de tudo o que qualquer jovem naquela idade deseja, liberdade para agir, liberdade para ser, liberdade para viver. . .

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